Já contam anos desde que o Sindicato dos Municipários (Sintrasem) e protetores denunciam as péssimas condições do canil e gatil municipal, gerido pela DIBEA (Diretoria de bem-estar animal). Falta estrutura e o número de trabalhadores – apesar do esforço dos que lá estão – não consegue garantir o cuidado necessário. É a prefeitura seguindo a lógica do desmonte do público para depois entregar à iniciativa privada. Depois de muita luta a justiça exigiu do prefeito Topázio uma solução. E qual foi? Novidade zero. O prefeito lançou um edital que, na prática, entrega todo o atendimento da Dibea (acolhimento, resgate, castração, vacinas etc…) para uma Organização Social.
Já é mais do que sabido que as OS apenas consomem dinheiro público, obtém altos lucros e não prestam serviço de qualidade, quando não estão envolvidas em corrupção. Ainda assim, a prefeitura decide investir na iniciativa privada )pagando aluguéis e contratando terceirizados) em vez de melhorar as condições do que já existe.
Conversamos com a bióloga, protetora e ativista Rosa Elisa Villanueva, que fala sobre a notícia divulgada pelo prefeito Topázio sobre o funcionamento de um hospital veterinário público. Ela explica que a proposta segue a mesma lógica da trato da saúde humana: destruir as estruturas públicas para entregar à entidades privadas como as Organizações Sociais. Foi assim com a UPA/SUL e agora com a Dibea, que foi desmontada sistematicamente nos últimos quatro anos. O hospital prometido estará em prédio alugado e gerido por OS.