Foi lançado neste início do ano o quarto álbum do artista “Pevê” (Paulo Valério M. da Silva, “Cantar”. O trabalho traz dez canções autorais, compostas e gravadas entre os anos de 2020 e 2023, em estúdios da região, mixadas e masterizadas em Paris, por Nychollas Medeiros (Estúdio de Poche).
Pevê é curitibano, mas ainda menino veio para a Grande Florianópolis onde vive até hoje. Ele atua no cenário da música catarinense desde os anos 1990 e tem como instrumento principal a guitarra. Porém, à medida em que iniciou sua trajetória como compositor, produtor e intérprete, adicionou outros instrumentos a sua prática. No álbum “Cantar” toca, além das guitarras, violões de seis e doze cordas, contrabaixo, percussões, bandolim, cuatro venezolano, teclados, percussões e voz. As baterias do disco ficaram a cargo de seu companheiro de “Pevê Trio”, Leandro “Pirata”.
Pevê cuidou de todas as etapas de produção, composição, arranjos e arte de capa. Considera este álbum seu trabalho mais eclético, variado e bem produzido. Traz folk rock (Quando a noite chega, Viver), rock vintage (Sem Grilo), psicodelia (Natureza), bossa (Amiga), baladas (Mais que um talvez, Mistério, 2020), música latina (Caminos Porteños), tudo recheado de letras em português e arranjos próprios.
Os temas das canções passam pela análise do cotidiano, pelas relações humanas e com a natureza, amizade, entre outras motivações, autobiográficas ou não.
Cantar é um álbum independente, como os outros três do artista e foi lançado nas redes sociais e plataformas de música, no primeiro dia de 2024. É um álbum de canções, contemplativo e também reflexivo. Traz as várias influências que o artista, também colecionador de LPs, CDs e Livros, acumulou desde a infância. Elas vão do rock sessentista e setentista, passando pela MPB rockeira, pelo rock rural, pela música regional do Sul e também latino-americana, entre muitas outras matrizes.
Pevê é também professor de história, formado pela UFSC (2002), com mestrado em Educação (UFSC – CED). Freireano, atua na Rede Municipal pública do município de Palhoça, na região da Grande Florianópolis, há mais de vinte anos.
“Quero seguir produzindo. É minha missão nesse planeta. Produzir canções e
conseguir que o máximo de pessoas escutem e se sintam tocadas de alguma forma pelo
poder universal da Música. Essa é minha contribuição enquanto artista”.
(Pevê, 17/01/2024)
Willy Verdaguer com os álbuns do Pevê
Marcelo Frias baterista dos Secos e Molhados e Pevê no estúdio Jardim Elétrico em Florianópolis
Frias, Pevê e Luiz Maia (técnico) no estúdio Jardim Elétrico em Florianópolis
Pevê na guitarra
Willy Verdaguer gravando