Fotos: Lucila Vilela – A dança como potência política
Os artistas do corpo Ana Otero, Alyssa Tessari, Ariel Gabor, Denise Krieger, Eduardo Bassani, Fabiola Peron, Gelson Forte, Karina Collaço, Karol Alves, Lilian Yamaguchi, Mel Yan, Monica Siedler e o violinista Fernando Bresolin integram o elenco da montagem “A Mesa”, projeto contemplado pelo Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Dança 2022, que estreia hoje, dia 5, às 20h, no Sesc Prainha, em Florianópolis (SC), e segue em cartaz nos dias 6, com duas sessões, às 18h e 20h, e no dia 7, a última apresentação, às 18h. A entrada é gratuita.
A montagem conduzida pelas pesquisadoras Diana Gilardenghi, Bia Vilela, Vera Torres, Lucila Vilela e Tejas incorpora o resultado do processo que envolveu oficinas de dança contemporânea, pesquisa teórica, criação de máscaras e montagem, a partir da referência de “A Mesa Verde” (1932), obra clássica do coreógrafo alemão Kurt Jooss.
O projeto mergulha na história da dança para propor, a partir da memória e do tempo contemporâneo, reflexões sobre a sociedade, a arte, a política e a condição humana. Os 13 artistas em cena e as cinco condutoras articulam dança, história e política em um processo criativo coletivo. Com distintas experiências e formações, a equipe agrega artistas de diferentes disciplinas como dança, música, teatro, artes visuais e fotografia.
A arte, a política e as escolhas humanas
O caráter atemporal de “A Mesa Verde” (1932), de Jooss, aciona o projeto catarinense e permite aproximar situações e temporalidades distintas. Da Alemanha pré-nazista para o atual contexto político-social brasileiro é entender a dança como potência política. A importância histórica e artística serve como fundamentação teórica e conceitual para pensar a dança atual.
Concebida no entreguerras, a peça de Jooss tem enorme repercussão pois antecipa o movimento nazista que, logo depois, ocupa a Alemanha. O coreógrafo pesquisa e trabalha sobre as danças macabras medievais. Ao compor o tema da morte intercalado com as conferências diplomáticas, critica o jogo político e a responsabilidade com as vidas humanas, traz para a arte a sensibilidade de uma época.
Trata-se de uma obra que não se limita ao seu momento de criação. “A Mesa Verde” suscita até hoje novas montagens, inquietações e reflexões. A leitura do contexto social e político e o modo como organiza a cena, com a vida de uma população sendo decidida numa mesa composta por velhos políticos, transforma o espetáculo em uma referência para pensar a sociedade, a arte, a política e as escolhas humanas.
Equipe da montagem
Concepção e montagem: Diana Gilardenghi, Bia Vilela, Vera Torres, Lucila Vilela e Tejas
Elenco: Ana Otero, Alyssa Tessari, Ariel Gabor, Denise Krieger, Eduardo Bassani, Fabiola Peron, Gelson Forte, Karina Collaço, Karol Alves. Lilian Yamaguchi, Mel Yan e Monica Siedler
Composição e execução musical: Diogo de Haro
Violino: Fernando Bresolin
Voz: Eduardo Bassani
Figurinista: Esha
Iluminação: Hedra Rockenbach
Equipe técnica do projeto
Coordenação: Diana Gilardenghi e Lucila Vilela
Produção geral: Crica Gadotti, Lucila Vilela e Vera Torres
Produção executiva: Crica Gadotti
Oficinas de dança: Diana Gilardenghi e Bia Vilela
Oficina teórica: Lucila Vilela e Vera Torres
Oficina de máscaras: Tejas
Composição e execução musical: Diogo de Haro
Figurinista: Esha
Iluminação: Hedra Rockenbach
Filmagem e edição: Alan Langdon
Design gráfico: Ildo Francisco Golfetto
Fotografia: Cristiano Prim
Assessoria de imprensa: Néri Pedroso
SERVIÇO
O quê: Montagem “A Mesa”
Quando: Dia 5.5.2023 – 20h; 6.5 – 18h e 20h; 7.5 – 18h
Onde: Teatro Sesc Prainha, Travessa Siryaco Atherino,100, Centro, Florianópolis (SC)
Quanto: gratuito, ingresso deve ser retirado uma hora antes da apresentação
REALIZAÇÃO
Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Dança – 2022, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina
SAIBA MAIS
@projetocenico_a_mesa
CONTATOS
NProduções: Néri Pedroso (48) 99911-9837, produtoras Lucila Vilela (48) 98447-9368 e Crica Gadotti (48) 99697-6643