Depois de passar semanas tentando falar com os órgãos de fiscalização e vigilância da prefeitura para denunciar esgoto escorrendo para a rede pluvial na Avenida Campeche, o movimento decidiu realizar uma ação direta no último domingo (08). Abriram as bocas de lobo e verificaram que havia mesmo esgoto correndo através dos canos que vinham dos imóveis. Também retiraram alguns mourões que cercavam parte da restinga, área protegida, obra feita por um proprietário de terreno próximo ao mar.
Bastou essa ação para que no dia seguinte a fiscalização chegasse. Durante a semana trabalhadores da prefeitura abriram as bocas de lobo, verificaram as tubulações e aplicaram multas. Alguns imóveis alegaram ter licença para jogar a água – que dizem ser tratada – na rede pluvial. Isso é coisa para investigar, afinal, a prefeitura não tem como fiscalizar o tempo todo se o esgoto está mesmo tratado. Era bastante fedorenta a água que corria pela avenida e foi o que provocou o protesto.
No final da semana agora, outros trabalhadores vieram também retirar os mourões que sobraram da ação do SOS, liberando a área de restinga, que é área de preservação. As pessoas compram terreno e logo se acham no direito de irem invadindo a região de restinga e de duna, porque sabem que a fiscalização é precária. Depois, ainda vão exigir da prefeitura que salvem suas propriedades, quando o mar avança.
Mas, no Campeche, a fiscalização feita pelo SOS Campeche Praia Limpa não para e sempre que houver uma irregularidade o grupo vai agir
Agora, a água suja não está mais fedendo na avenida, mas o SOS vai ficar de olho para ver se não está saindo água servida nos canos que chegam na praia. Olho vivo.