TRABALHADORES DA CASAN PROTESTAM CONTRA OS ATAQUES AOS DIREITOS E PÉSSIMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
Os trabalhadores e trabalhadoras em saneamento trabalham 24 horas, dia e noite, sob todas intempéries arriscando suas próprias vidas para levar água à população.
Neste momento de pandemia, não pararam um único minuto. Em todos momentos, enquanto o isolamento era palavra de ordem, estavam nas ruas, na linha de frente. Infelizmente, trabalham num setor muito pouco reconhecido, inclusive por setores da grande mídia.
Vários trabalhadores de nossa categoria foram infectados com o novo Coronavírus e testaram positivo para COVID19 contagiando seus colegas e familiares. Obrigados a integrarem equipes de trabalho, atuarem em regiões movimentadas e, muitas vezes em contato com o esgoto, com presença atestada do novo Coronavírus (Sars-cov-2), em nenhum momento esmoreceram ou se esquivaram da luta.
Todavia, entre março a agosto protocolaram inúmeras correspondências, realizaram várias reuniões com a direção da CASAN no sentido de garantir condições mínimas de higiene e segurança no trabalho, mas, lamentavelmente, na imensa maioria das vezes estas questões foram e continuam sendo desprezadas pela direção da empresa.
A ORDEM É SUPRIMIR DIREITOS E TRABALHAR EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS
Os trabalhadores apresentaram sua pauta de reivindicações dia 05/03/2020 e até agora a direção da empresa, constituída por 4 “novos políticos” incomunicáveis, o que fez foi apresentar uma proposta de SUPRESSÃO DE DIREITOS, mas por outro lado AUMENTARAM A GRATIFICAÇÃO PARA CHEFES. Isso é uma afronta aos que diariamente arriscam as suas vidas!
Diante de tantos ataques, os trabalhadores e trabalhadoras que dirigem veículos, mas que não são motoristas ou operadores de equipamentos pesados e, portanto não são obrigados a dirigirem, resolveram entregar as chaves dos veículos à direção da empresa, mas continuam à disposição para realizarem suas atividades inerentes aos seus cargos, conforme estabelece o Plano de Cargos e Salários.
Não se trata de greve, mas sim de um PROTESTO. Exigem respeito às suas vidas e o fim dos ataques aos direitos. Os trabalhadores continuarão a desempenhar normalmente as tarefas dos respectivos cargos conforme estabelece o Plano de Cargos e Salários e o edital do concurso público em que foram aprovados. A direção da empresa não pode exigir, sem embargo, a execução de atividades extracontratuais, sem que ocorra decência no tratamento.
EXIGIMOS RESPEITO À VIDA E A DIGNIDADE HUMANA!
Entrevista com Jucélio Paladini – diretor de comunicação